Nos últimos meses, publicações especializadas no setor imobiliário, tem destacado um fenômeno que já era observado no exterior, e agora, tem seus primeiros reflexos registrados no Brasil: o esvaziamento das grandes cidades.
Essa transformação social foi potencializada em grande parte em função da pandemia do coronavírus e o medo em relação ao surto da doença.
E apesar de ainda ser muito cedo para garantir que estamos vivendo um “êxodo urbano brasileiro”, dados de pesquisas recentes apontam que cada vez mais as famílias estão buscando alternativas consideradas mais baratas e mais seguras que os bairros com maior densidade populacional.
Saiba mais sobre isso no post de hoje!
Segundo informações do portal Zap Imóveis, a busca por apartamentos na cidade de São Paulo registrou queda de 1,7%. Hoje, os compradores estão buscando imóveis maiores e mais baratos.
Outro dado relevante: no período da pandemia (final de março até o início de julho), houve um crescimento de até 200% nas vendas de lotes no país, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Uma das explicações para esse novo comportamento é a busca por mais qualidade de vida.
As pessoas querem “morar bem”, um conceito que ganhou outro ponto de vista depois do Covid-19. Neste sentido, casas e apartamentos pequenos não comportam mais essa nova rotina.
Hoje, existe o desejo de ter uma casa com diferentes ambientes. Um imóvel que ofereça conforto para toda a família e a possibilidade de trabalhar neste espaço, se necessário.
Se imóveis amplos são cada vez mais raros em grandes centros urbanos ou em regiões metropolitanas, no interior e em bairros planejados este é o melhor momento para adquirir um lote e construir uma casa grande o suficiente para realizar o sonho de toda a família.
Segundo a consultoria do mercado imobiliário, Smartus, a busca por qualidade de vida não é a única explicação para o aumento na procura de terrenos fora dos grandes centros.
Há exemplo de outros momentos de incerteza como o que vivemos agora, a aquisição de terrenos passa a ser mais valorizada em função da sua segurança.
A queda da taxa Selic incentivou os investidores mais conservadores a saírem da poupança e apostarem na aquisição de lotes como uma boa alternativa de investimento, já que oferece maior rentabilidade dentre os ativos de renda variável.
Os especialistas são cautelosos ao afirmar o que devemos esperar para o futuro, mas todos concordam que a mudança de comportamento do consumidor não é passageira: a compra de lotes é uma tendência que veio para ficar.
Outro ponto que explica a queda nos estoques de lotes é a relação entre um imóvel pronto e o terreno. Se por um lado, não é possível agregar muito valor a um imóvel pronto, por outro, a valorização do lote é garantida já que possível construir e investir.
Ao contrário de outras modalidades como a poupança ou a bolsa de valores, o lote é um ativo que se recupera com muita facilidade no primeiro sinal de retomada da economia. Tudo isso tem colaborado para a alta procura.
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