A arquitetura e o urbanismo têm sido desafiados diante às bruscas mudanças climáticas. Desafios que vem sendo abraçados pelos profissionais da área para promover a sustentabilidade desde o primeiro traço dos projetos, sejam eles em escalas de análise macro ou micro.
O residencial Miravista, bairro aberto e planejado em Mirassol-SP, lançado pela UNICOS em 2020, é um exemplo que visa promover a mudança no habitat residencial. O projeto foi premiado na categoria Ativismo Urbano, pelo IABsp 2019, por preservar e respeitar a qualidade de vida.
“A ONU (Organizações Unidas) e a OMS (Organização Mundial de Saúde) pontuam índices que qualificam a qualidade de vida. As incorporadoras e loteadoras urbanistas buscam, nestes índices, referenciais para alcançar indicadores nomeados “verdes” que apontam a porcentagem em m² de área verde necessária para apurar o ar e a temperatura, melhorando a vida do cidadão, do meio ambiente e, consequentemente, da economia, convergindo ao conceito de sustentabilidade”, explica a diretora técnica da Urban P., Camila Poio Bressan, responsável pelo projeto premiado da Área de Lazer, do empreendimento Miravista, da UNICOS.
Quando algo é projetado, os responsáveis idealizam qual será o menor impacto possível no meio ambiente, nos ecossistemas e em como tornar aquela construção mais sustentável. Em nossa conversa com Camila, ela pontua fatores sustentáveis para que projetos arquitetônicos/urbanísticos contribuam positivamente com as mudanças climáticas: “captação de energia solar por meio de painéis fotovoltaicos, teto e paredes verdes, maior permeabilidade, uso de materiais com “selo verde”, reuso de água, reciclagem de materiais, lâmpadas leds, desenho aberto com ventilação e iluminação natural, paisagismo natural ao ambiente, implantação adequada a conforto térmico e acústico, entre outros”, conclui a profissional. Com essas iniciativas, é possível notar que o impacto é bem menor, tanto para o meio ambiente, quanto para quem habita e utiliza dessa estrutura.
Então, se você busca melhorar a sua qualidade de vida, precisa, em primeiro lugar, melhorar o ambiente em que vive. Comece com ações de reciclagem de materiais e se proponha a mudanças maiores até um novo desenho do local onde você mora.
Pequenas diferenças podem mudar o consumo e trazer um impacto grande no rumo que as mudanças climáticas têm tomado. Mas, para isso acontecer, estas ações de melhoria precisam ser aplicadas em grande escala e devem ser acompanhadas por toda a cadeia que compõem o ecossistema, incluindo as estratégias urbanísticas. “Deve fazer parte do cotidiano de profissionais do ramo de construção civil buscar soluções que proporcionam o menor impacto ao ambiente, sem ilhas de calor, áreas densas impermeáveis demais, falta de vegetação e aberturas, entre outros elementos que são indispensáveis para melhorias do espaço, preservação da flora e fauna e consecutivamente do clima”, finaliza Camila.
Gostou deste artigo? Vamos fazer um exercício? Agora que você sabe sobre as mudanças climáticas e conhece meios de contribuir, analise o local onde você vive e pense em como você pode colaborar para um ambiente mais saudável para você, sua família e sua comunidade.
As mudanças começam dentro da gente!